terça-feira, 19 de março de 2013

Norte dos teus lábios no sul do meu seio Ponto cardial da ilicitude que nos separa ao meio Norte, que perde, insana e desvaria meu celeste corpo delongando o dia Espera-te a noite, eternamente lua Na cama da estrela polar primeira Universo serei de ti e terra nua Ébria dos raios cadentes, tua luz feiticeira Teimam meus pés no sol, as mãos no equador Anulando a ínfima linha que nos separa São as palavras, uma espécie de amor No pólo do teu orgasmo que me amarra Puderas ser tu eco ou astro que me influencia Ou força gravitante que me desprende Eu serei sempre a impostora poesia Que no reflexo de ti o verso incende. Ana Maria de Portugal 13 .03,13

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